Glossário

Investment Banking

Investment Banking é uma área do mercado financeiro que presta serviços de assessoria financeira para outras empresas com o fito de auxiliá-las na captação de recursos, gerenciamento de riscos, assessoria em transações de fusões e aquisições e outras operações de mercado de capitais.

M&A

M&A é a sigla em inglês para Mergers and Acquisitions que, traduzindo, para o português significa: fusões e aquisições. Esse processo acontece quando uma empresa deseja comprar uma outra a fim de promover seu crescimento inorgânico seja para consolidar seu posicionamento em determinado segmento para adentrar em novos mercados, para extrair sinergia de custos, ou de forma arbitrária para adquirir um ativo a um determinado valor. As assessorias financeiras, como o BR Partners, assessoram essas negociações mediante uma taxa de cobrança (fee) sobre o serviço prestado. De modo geral, uma transação de M&A é constituída por algumas fases como: recebimento e negociação da oferta, auditoria jurídica e contábil na empresa alvo e, por fim, negociação e assinatura dos documentos definitivos.

Joint Ventures

Joint Venture (JV) é um arranjo de negócios no qual duas ou mais entidades se unem e conjugam recursos com o objetivo de atingir/ conquistar um objetivo específico em um espaço definido de tempo. As entidades envolvidas, nesse caso, compartilham as receitas, custos e lucros obtidos no projeto. Os interesses para se constituir uma JV são diversos, a exemplo de somar forças para levantar recursos a serem aplicados no projeto, sinergia de custos, expertise compartilhada e combinada em algum assunto específico, entrada em novos mercados ou mercados estrangeiros, entre outros.

Special Situations & Reestructuring Advisory

A assessoria em Special Situations e Reestruturações, que tem o objetivo de auxiliar a tomada de decisões de empresas com soluções que propiciam o equacionamento de suas obrigações e passivos financeiros. Com isso, oferecemos soluções especializadas que viabilizam os negócios dos nossos clientes, a exemplo da assessoria a desinvestimentos de ativos não estratégicos (non-core assets), gestão de passivos e otimização de estruturas de capital (liability management), e assessoria a recuperações judiciais.

Privatizações

Privatizações são processos em que uma empresa ou bem estatal é vendida para uma instituição privada tirando, assim, a função administrativa do Estado.

Fairness Opinion

Fainess Opinion é uma opinião externa independente que é realizada por um especialista no contexto de uma transação financeira, como um M&A.

Board Advisory

Board Advisory consiste em fornecer uma opinião externa independente ao conselho de administração do cliente de modo a assessorá-lo na tomada de decisão estratégica em situações específicas como M&As, Joint Ventures, Privatizações, entre outros.

Success Fee

É o modelo de remuneração em que o percentual ou valor nominal cobrado pela assessoria está vinculado ao desempenho do projeto ou serviço prestado. Dessa forma, osInvestment Bankings que utilizam este meio de remuneração acabam cobrando a taxa de serviço (fee) apenas quando a negociação já foi 100% concluída e finalizada, inclusive com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Capital Markets

O mercado de capitais é um dos segmentos do mercado financeiro, sendo responsável por intermediar negociações de investimento de renda fixa e variável, como ações e debêntures. Ele é constituído por outras subáreas de Investment Banking: DCM e ECM. De modo geral, esse segmento é responsável por auxiliar na estruturação de capital das empresas recorrendo ao capital de terceiros por meio da emissão de dívidas ou capital próprio através da emissão de equity.

CRI

Certificado de Recebíveis Imobiliários – títulos de renda fixa que representam a promessa de um pagamento futuro em dinheiro de um bem ou ativo relacionado ao setor imobiliário permitindo ao emissor do papel ter uma maior liquidez quando comparado ao investimento em imóveis, já que possui maior facilidade para resgatar o dinheiro. Esse instrumento de dívida funciona da seguinte maneira, por exemplo: uma construtora vende determinadas unidades ainda não finalizadas de seu novo empreendimento, assim, ao invés da empresa esperar para receber as parcelas em totalidade, o pagamento é antecipado por meio da contratação de uma securitizadora que transforma essas dívidas em títulos de crédito em que investidores podem aplicar. Além disso, esse instrumento é considerado um ativo de renda fixa já que os papéis são indexados a taxas específicas e possuem prazos de validade de modo que o investidor terá um retorno previsível.

CRA

Certificado de Recebíveis do Agronegócio – é um título de renda fixa que representa a promessa de um pagamento futuro em dinheiro de um bem ou ativo relacionado ao setor do agronegócio. Eles funcionam basicamente do mesmo modo que os CRIs, contudo, os CRAs são utilizados como instrumentos de financiamento do setor agropecuário. Por exemplo: um produtor necessita de capital para adquirir novas máquinas de colheita, dessa forma, ao invés de procurar um empréstimo ou financiamento bancário tradicional, o produtor irá, por meio da securitizadora, estruturar a dívida de aquisição de novas máquinas em um título de crédito.

Debêntures

São valores mobiliários emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. Em outras palavras, as empresas emitem papéis de dívida para o mercado afim de captar recursos de modo mais flexível com taxas de juros geralmente mais baratas do que aqueles cobrados em financiamentos tradicionais e sem ter que vender parte do capital. Dessa forma, esses títulos apresentam prazos e formato de remuneração definidos desde a sua emissão pela empresa. Além disso, existem algumas diferenças entre as debêntures e, por isso, elas podem ser classificadas de diferentes formas como listado a seguir. Alguns papéis oferecem certas garantias com o fito de assegurar os compradores caso a companhia não cumpra com suas obrigações de pagamento.

Debêntures conversíveis: são aquelas que podem ser trocadas por ações da companhia, ou seja, parte do dinheiro acrescido de juros que seria devolvido ao investidor é devolvido na forma de ações;

Permutáveis: são debêntures conversíveis, porém os papéis podem ser trocados por ações de outras empresas que não tenha sido necessariamente a emissora;

Debêntures simples: são aquelas tradicionais que não podem ser convertidas em ação, assim, o investidor recebe juros sobre o principal;

Debêntures incentivadas: são isentas de imposto de renda sobre rendimento e são voltadas para o desenvolvimento da infraestrutura do país, principalmente, transporte, logística, saneamento básico e energia;

Debêntures Perpétuas: não possuem prazo de validade, então, o investidor continua recebendo juros ao longo do tempo de acordo com o que foi preestabelecido.

Debêntures Participativas: são aquelas que, ao invés de remunerarem os compradores com juros pré-estabelecidos, os remuneram com parte dos lucros da empresa.

Garantia Real: bens integrantes do ativo da empresa sob a forma de hipoteca, penhor e anticrese;

Garantia Flutuante: privilégio sobre os ativos da empresa, mas a companhia pode se dispor deles sem a autorização dos debenturistas;

Garantia Quirografária: sem preferência sobre os ativos da empresa concorrendo com os outros credores da mesma forma;

Garantia Subordinada: preferência de pagamento apenas sobre o crédito dos acionistas;

Bridge-loans (empréstimos ponte)

Um bridge loan é um empréstimo de curto prazo que uma companhia toma até estruturar definitivamente uma dívida de prazo mais longo. Esse tipo de instrumento permite que a empresa cumpra obrigações de curto prazo, como pagamentos de dívida por exemplo, e são comumente usados no setor imobiliário.

FII

São fundos de investimento que se destinam a investir exclusivamente em ativos relacionados ao setor imobiliário. Dessa forma, os FIIs são estruturados a fim de captar recursos para adquirir tanto imóveis, como fazendas, lajes comerciais e galpões logísticos ou títulos e valores mobiliários ligados ao setor, como CRI.

Fee

É a taxa cobrada pela prestação do serviço seja na assessoria de um deal de Investment Banking ou na estruturação de uma dívida, no caso de mercado de capitais.

Take out

Esse termo se refere à dívida que se estrutura para substituir um empréstimo de curto prazo (bridge loans).

Sales & Trading

No caso do BR Partners, nossa área de S&T é responsável por assessorar nossos clientes na negociação em operações envolvendo instrumentos de derivativos por meio da venda de produtos de hedge (juros, moeda, commodities) e gestão de passivos. Dessa forma, nós não realizamos trading proprietário, ou seja, nós não negociamos ativos, derivativos ou qualquer outro instrumento financeiro com fins especulativos e que coloque em xeque perdas financeiras relevantes.

Outros bancos podem ter atuações mais amplas, assumindo riscos maiores, por exemplo, no trading proprietário de diversos produtos financeiros de renda fixa e variável.

Hedge

É o termo técnico específico utilizado para falar sobre a proteção conferida pelos derivativos.

Derivativos

São instrumentos financeiros que possuem valores derivados dos preços de ativos físicos ou financeiros permitindo uma melhor gestão de risco e garantindo maior proteção do valor do ativo contra as variações de preço que podem ocorrer no futuro. Alguns tipos de derivativos são: contratos a termo, contratos futuros, opções e swaps. Os derivativos são negociados na bolsa de valores e estabelecidos em contratos prévios, portanto, as suas características e as especificações dos ativos referenciais (quantidade, prazo e preço) são antecipadamente definidas podendo ter sua liquidação física ou financeira. Como se faz muito o uso de derivativos em negociações de commodities, pode ocorrer a liquidação física em que o ativo deve ser entregue fisicamente na data do vencimento. Contudo, a liquidação financeira é a mais comumente usada, em que basicamente no dia do vencimento é entregue ao comprador original o valor da negociação.

Swap

São instrumentos financeiros que possuem valores derivados dos preços de ativos físicos ou financeiros permitindo uma melhor gestão de risco e garantindo maior proteção do valor do ativo contra as variações de preço que podem ocorrer no futuro. Alguns tipos de derivativos são: contratos a termo, contratos futuros, opções e swaps. Os derivativos são negociados na bolsa de valores e estabelecidos em contratos prévios, portanto, as suas características e as especificações dos ativos referenciais (quantidade, prazo e preço) são antecipadamente definidas podendo ter sua liquidação física ou financeira. Como se faz muito o uso de derivativos em negociações de commodities, pode ocorrer a liquidação física em que o ativo deve ser entregue fisicamente na data do vencimento. Contudo, a liquidação financeira é a mais comumente usada, em que basicamente no dia do vencimento é entregue ao comprador original o valor da negociação.

Contrato a termo

São derivativos nos quais o comprador adquire os produtos a partir de um regime preestabelecido no ato da compra. Portanto, a liquidação, quantidade, preço e data de vencimento são acordados previamente.

Contrato futuro

Representa o compromisso de compra e venda de derivativos por um determinado preço numa data futura previamente estabelecida. Diferentemente dos contratos a termo, há o ajuste diário: as negociações regidas por esses termos estão sujeitas a avaliações todos os dias a partir do preço de referência. Em outras palavras, a precificação do contrato é alterada a cada dia em detrimento das expectativas do mercado em relação ao valor do ativo no vencimento do acordo. Esses derivativos são negociados apenas na bolsa de valores, pois o preço de ajuste diário é definido de acordo com o preço médio das operações feitas com o papel no mercado futuro. Assim, se o ajuste for negativo, o investidor deverá pagar pela diferença ao passo que, se o ajuste for positivo, o investidor receberá esse saldo. Há dois tipos de contratos futuros de acordo com o objetivo da negociação: índice (Ibovespa) e dólar (taxa cambial do dólar).

Investimentos

Área responsável por desenvolver teses de investimentos em empresas com elevado potencial de crescimento e rentabilidade. No caso do BR Partners, focamos nossos investimentos em empresas do middle market provendo capital para acelerar seu crescimento via participações minoritárias. Além disso, captamos recursos de terceiros para investir nessas teses e, assim, gerimos esses recursos que serão alocados em FIPs cobrando, então, uma taxa de gestão aos investidores.

FIP

Fundo de Investimento em Participações – são fundos que possuem seus recursos alocados em empresas abertas, fechadas ou sociedades limitadas, mas que ainda estejam em fase de desenvolvimento resultando, então, em oportunidades de ganhos relevantes com alto potencial de retorno. Dessa forma, a gestão do fundo participa da administração das companhias ao participar de reuniões dos seus conselhos de administração ajudando na decisão estratégica da empresa até que esta atinja sua maturidade e possa traçar novos passos estratégicos como um IPO ou até mesmo uma venda a outra empresa ou investidores. Além disso, quando o FIP tem capital de terceiros alocado, também pode ser cobradauma taxa de gestão pela administração dos recursos e uma taxa de performance que está atrelada com a rentabilidade do fundo.

Taxa de estruturação e distribuição

São duas taxas cobradas aos investidores iniciais para a estruturação do fundo de investimento e distribuição das cotas. No caso do BR Partners, cobramos essas taxas na constituição dos FIPs geridos pela área de Investimentos de modo que ganhos originados a partir do exercício dessas taxas ajudam a compor a receita da área.

Impairments

Quando um ativo sofre uma redução de quantidade, qualidade ou valor cria-se uma diferença entre o seu valor contábil e seu valor recuperável. Essa diferença gera um custo, o impairment, pela redução do valor recuperável.

Reavaliações

A reavaliação de ativos é um cálculo contábil realizado quando a empresa atualiza o valor de um dos seus bens tangíveis, determinando qual é o valor de mercado do ativo analisado e sua respectiva atualização no balanço patrimonial.

Indicadores Financeiros

Índice de Eficiência

Esse indicador nos ajuda a compreender o quanto uma instituição é financeiramente eficiente com relação a sua gestão de despesas administrativas e de pessoal, bem como a sua alavancagem operacional, que averigua a capacidade de uma empresa em crescer suas receitas num ritmo superior ao crescimento de suas despesas. A fórmula para o cálculo desse indicador é a seguinte: Índice de Eficiência = (Despesas Administrativas + Despesas de Pessoal) / (Receita Líquida + Outras Despesas).

Índice de Remuneração

Esse índice é utilizado para compreender o quanto da receita líquida da companhia é direcionada ao reconhecimento da performance do quadro de funcionários da Companhia, o que aparece nos resultados como despesas com pessoal. Esse indicador também mensura a capacidade da Cia em manter um equilíbrio entre geração de receitas e reconhecimento do funcionário. Ele é calculado da seguinte maneira: Índice de Remuneração = Despesas de Pessoal / Receita Líquida.

ROE

Sigla em inglês para “Return on Equity” que significa retorno sobre patrimônio. Esse é um dos indicadores de rentabilidades mais usados para analisar o quanto de valor que uma companhia consegue gerar para o negócio e seus acionistas com base nos seus próprios recursos. O ROE é calculado da seguinte forma: ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido médio do período em análise.

Índice de Basiléia

O índice de Basiléia é uma medida de risco que mede o grau de alavancagem de um banco ao relacionar o patrimônio de referência aos ativos ponderados pelos seus riscos, nos permitindo, então, compreender a solidez patrimonial e saúde financeira da instituição. No caso do Brasil, o Banco Central exige que as instituições financeiras apresentem um índice de Basiléia de no mínimo 8% de capital principal e mais 2,5% de capital adicional. A fórmula de cálculo desse índice pela seguinte fórmula: Índice de Basiléia = RWA (ativos ponderados pelos seus riscos) / Patrimônio de Referência.

VAR

Essa sigla refere-se a expressão em inglês de “Value at Risk” e é um método para avaliar o risco em operações financeiras. Ele demonstra o risco de uma carteira de investimentos, através da pior perda monetária esperada decorrente de variações de preços, taxas de juros e câmbio em um determinado horizonte de tempo a partir de um intervalo de confiança.

CAGR

É a abreviação para o termo em inglês Compound Annual Growth Rate que, em português, significa taxa de crescimento anual composta. Dessa forma, o CAGR calcula a taxa necessária para um investimento crescer de seu saldo inicial para seu saldo final. Além disso, ele é calculado a partir da seguinte fórmula: CAGR = [(Valor final do investimento / Valor inicial do investimento) ^ (1 / Número de períodos em anos)] – 1

Spread

É a diferença entre o valor de compra e o valor de venda. Dessa forma, quando estamos falando de spread no contexto bancário, estamos falando da diferença entre a taxa de juros cobrada no empréstimo, que será paga pelo credor, e a taxa de captação do banco.

Custo de funding

Refere-se ao custo de captação de recursos financeiros.

Remuneração do PL

Essa expressão refere-se à aplicação regulatória dos recursos do patrimônio líquido em ativos financeiros públicos, indexados à taxa de juros (SELIC).

Receita de carrego

Refere-se à receita de capital proveniente dos rendimentos dos ativos financeiros, geralmente em forma de juros, que uma instituição carrega em seu balanço patrimonial.

Ações

ON

As ações ordinárias (ON) são aquelas que conferem o direito à voto aos acionistas permitindo que estes participem das decisões da companhia.

PN

As ações preferenciais (PN) são aquelas que conferem ao acionista preferência no recebimento de proventos. Então, caso uma companhia vá à falência, são os acionistas detentores de ações PN que possuem preferência sobre o recebimento de ativos e proventos da companhia.

UNIT

As units funcionam como pacotes contendo um misto entre ações ordinárias e preferenciais garantindo aos detentores de ações units tanto o direito à voto quanto a preferência pelos recebimentos de proventos da companhia.

ADTV

Refere-se a expressão em inglês “Average Daily Trading Volume”, ou seja, volume médio de negociação diário. Desse modo, ele é uma métrica muito usada para se calcular para saber o quanto há de compra e venda de um ativo em média por dia durante certo período.

Dvididend yield (DY)

Em português significa rendimento de dividendos. Em outras palavras, é um índice utilizado para medir a rentabilidade dos dividendos de uma empresa em relação à cotação de suas ações sendo assim, ele é calculado da seguinte maneira: DY % = Dividendos por ação / Preço da ação.

Partnership

O partnership é um modelo de estrutura societária que tem por objetivo alinhar os objetivos da Companhia aos de seus sócios. Na prática esse modelo funciona da seguinte forma: todos os funcionários da companhia, após cumprirem os critérios de entrada, se tornam elegíveis a se tornarem sócios da companhia. Dessa forma, os colaboradores que melhor performaram e apresentaram bons resultados acabam sendo convidados a participar do partnership e, assim, passam a ser remunerados também com ações da companhia. Esse modelo ajuda na retenção e atração de talentos buscando engajar as pessoas e, consequentemente, fortalece uma cultura meritocrática sólida além de contribuir para a manutenção de uma estrutura organizacional enxuta e eficiente em termos de custos.